segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cronicas de Solariuns, Encontro na Névoa Do Desespero com o Eremita

Solariuns estava a quase três dias caminhando sozinho, mas foi no começo do terceiro dia, que uma névoa começou a se formar ao seu redor, fazendo com que ficasse cego, mudo e talvez surdo.
estava ele perdido?

Ele ouvia barulhos de folhas secas
sendo amassadas a atrás,
e ouvia gritos tribais a sua frente,
o cantos de pássaros a sua direita,
e o mar conversando com o vento a sua esquerda.

Estava ele tendo mais uma crise de percepção?
Ou era mais uma mera ilusão de uma mente perturbada?
Era mais um enigma sem resposta, no qual ele tinha que ignorar...
era mais uma viagem sem rumo, no qual ele não podia parar...
ele estava desesperado...

Foi então que ele encontrou um homem barbado, recurvado, de idade avançada, segurando um bastão em sua mão direita que junto possuía uma lanterna que peculiarmente estava bem próxima ao seu olho.
-Sei que vieste de tão longe, e sei que teus sentidos já não lhe são uteis, que tuas duvidas são tão grandes que encobrem a noite com um véu de estrelas.
-Porem saiba que você não terá nenhum progresso em sua jornada se não tiveres paciência e prudência.
-E antes de eu partir na névoa.
O Velho Senhor pega a lanterna que estava próxima de sua cavidade ocular e entrega a Solariuns.
-Ilumine teu caminho com isto, mas mesmo assim tenha cuidado com cada passo que der aqui ou em qualquer outro lugar...

O Senhor já tinha partido, quando Solariuns finalmente abriu a boca.
-Senhor, gostaria de saber teu nome?

O Velho Senhor, sem olhar para trás responde com uma voz que parecia ser escrita na névoa.
-Perdi meu nome no tempo...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

E o tempo parou...

E o tempo parou, a cidade parou, o ônibus não andou mais, o beijo do Moço na bela Moça não aconteceu. O Sábio não mais abriu a boca, os Tolos continuaram tolos, não conseguiram ouvir ao Sábio… pobres tolos. Trancado em casa, o Amante continuou com sua Amada na memória, em uma esperança. Nunca a teria em seus braços, o tempo parou, a cidade parou, o ônibus parou. A Amada ficou esperando uma pergunta cuja resposta já estava na ponta da língua… lá continuou. No hospital o vômito do Doente nunca atingiu o recipiente, parado no ar, estático. O esperançoso Médico jamais curaria a filha da mulher desesperançosa, as córneas chegaram muito tarde para a garota, o tempo parou, a cidade parou, a ambulância parou. Resta a eternidade ou o infinito momento na escuridão.

Esboçado na mesa, o Garoto que gosta de escrever sobre pensamentos que nunca vai realizar ficou lá… esboçado na mesa ouvindo a musica que nunca vai chegar nos seus ouvidos. O tempo parou, a cidade parou, o ônibus parou.

Um Pai oferece ajuda a uma Garota que se perdeu dos pais na praça, pobre menina, tanto queria achar sua mãe que tentou chorar, suas lagrimas jamais conseguiram deslizar sobre sua pele rosada. O Filho do bom Pai jamais poderá seguir os passos do seu pai, não conseguirá nem ao menos crescer. O tempo parou. O êxtase do Drogado continuará, não ouve tempo para pensar no que estava fazendo, no que deveria fazer. No infinito momento será a droga que regerá sua mente e seu corpo, não sua sanidade.

A despedida durou para sempre naquele pequeno instante eterno, não haveria retorno, somente a saudade e a esperança que um dia exista um reencontro…que nunca vai acontecer, o tempo parou, a cidade parou, o avião ficou estático no ar. O suicida não se matou, a angustia continua lá, agora está fadado a nunca poder ter a esperada paz. As desculpas demoraram meio segundo a mais para acontecer, tarde demais, a boca não abriu, o olhar não conseguiu falar com perfeição, sobrou o ressentimento para sempre.

Fórmula para calcular o I.B.U da cerveja

O Ruy tava me perguntando outro dia, eu não tava lembrando.
Pl × AA% × Uaa ⁄ ( Vm × 1,34 )
Agora você pode calcular o I.B.U sempre que quiser cara. :P