segunda-feira, 30 de março de 2015

Canção do Alvorada Motel

distantinha
cerca de vento     

decisões flutuam em laços
que

se
desfiam

afiado
como seda

detector de mentira
transplante cardíaco

(desculpa a 1º vez)

olhos fechados
decidem
a distância

coração da alvorada
aberto para todas
geriátricos enfants

RESSACA campbell

Quanto dura nada
+ q tédio exausta
completamente encontrado
prontificado
toneladas redundantes enlatadas
bocas ferrosas cânticos de oasis perdidos
olhos rubros descascam secos
intoxicação de verbos
imperial sarcófago de anjos
Corpos fatiados fatigados braços e mãos das quedas suja de chãos e poeira jurássicas histórias para ninar cães bêbados em chuvas pernas atrofiadas das cadeiras e máquinas de costura parabolas colunas rompidas torsões esticada por correntes abrindo malhas repousa o crânio embaixo das rodas de tratores a carregar a queima das peliculosas retinas o som agulineo das implosões à vácuo furadeira lobotomia elétrica estômago refutoso wasserfall refluxo venenos larvas limpam narizes imagens juvenis amargo limãozinho interior essência binomia despejada liquidificador despertando o mesmo número por 365 dias sexagenários segundos de 24 frames
Consumir após aberto

Propaganda à Baco

folia dos pés aos miúdos sintetizadores de bolinhos e incansável batucar
teremos transmissão ao vivo para moribundos simpatizantes
purpurina nos poros desejos evaporam álcoois à flor da pele
ante o cheiro de bundas doloridas do salário desidratado
ninguém mais se veste de bebê e entoa a marchinha pop.
boqueta implorante obsequiosa mamadeira mama mia revisitada
asfixia esta pele dos lances de lança e sorrisos fixados em close
incansável desfile terceiro sol segue outras duas luas por horas a fio
olhares num baile de mascaras parcialmente nu adornados de penachos


pirulitos de morango para todos os pequenos é o ano do descobrimento
queima céu num lânguido alvor na ilha de Vera Cruz
revirando os globos trepidando as pálpebras como podem não gostar
tentáculo que passa o rodo em superfícies humanas atiçando o senso
Sapucaí nenhuma segura 2000 gemidos desta delicada dilatação de ruelas
está lotado não cabe um inteiro mas bem apertadinho todos à gozar
fechada ruas e ruas com parvos pavões e devassos foliões
postes de pole dance iluminados pelo flúor etéreo elétricas centopéias
folia dos pés aos miúdos sintetizadores de bolinhos e incansável batucar
grudes deste rala e rola feito bonde em rush donde perdi a língua
entre outras mil bocas de personas em armaduras de ouropel
bacantes soldados bacanas de baco eretos em pose e muito mais(!)