até está noite passará
esta solitude gira
titubiante sombra fio desta rota
sobre úmido asfalto
testemunho o condutor
nessa vígilia
tentarei
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Vitral
janelas
guardam
visões
guardam
visões
frio
há fumaça no bule
ilusão
não existe bule
mas há neblina
lá fora
frágeis pés
não erguem
desabam
corpo
frágil
inseto
inseto
anota
noite e dia
a passagem
do tempo
lavra
lavra
sozinho,
quase como necessitando
senta,
chora
não importa
chora,
menos lágrimas.
depois vem, sem voz
arde
mesa:
rabiscos fazem o ensaio
brincadeira
tantas vezes queria falar
o que estou para perder
tantas vezes queria falar
mas não posso
Olhos:
esparsos
esqueça-te das lições do passado
dos dias das horas desperdiçadas
da corcunda ajeitando a coluna
no assento confortável e já basta
sustenta-se na palma da mão
carrega nos braços um verso
não precisa ser sempre áspero
tendo corte e efeito já basta
acordei para ser bicho
viver enroscado como nó
fazer da cidade catota
passar assim de paisagem
pois perdi a cabeça
nesta mestiçagem de terras
eu tenho dom pra vaca
mastigo bem um bocado de pasto
até virar estrela
penso e meu engenho lúdico
as vezes atento a noite
ganha andamento diferenciado
mesmo deitado ou debaixo d'água
acompanho um milhão de transições
são coisas não ditadas que traduzo
ai se esconde na sombra
medo e segredo
e não tem luz que descobre
averiguei e very good
nada do que queria anotar
anotei e não entendi
dos dias das horas desperdiçadas
da corcunda ajeitando a coluna
no assento confortável e já basta
sustenta-se na palma da mão
carrega nos braços um verso
não precisa ser sempre áspero
tendo corte e efeito já basta
acordei para ser bicho
viver enroscado como nó
fazer da cidade catota
passar assim de paisagem
pois perdi a cabeça
nesta mestiçagem de terras
eu tenho dom pra vaca
mastigo bem um bocado de pasto
até virar estrela
penso e meu engenho lúdico
as vezes atento a noite
ganha andamento diferenciado
mesmo deitado ou debaixo d'água
acompanho um milhão de transições
são coisas não ditadas que traduzo
ai se esconde na sombra
medo e segredo
e não tem luz que descobre
averiguei e very good
nada do que queria anotar
anotei e não entendi
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
estou com a mão na maçaneta
estou com a mão na maçaneta
pronto para sair a qualquer momento
levanto a perna e um dois
estou dentro da possibilidade
do desconhecido
servindo-me da saída mais fácil
aquele adeus que parece ultimo
como a gente é bobo
pois devia sempre pensar
ser o ultimo o mais importante
quando todos deveriam
ter a mesma importância
mas não damos a mínima
simplesmente nos jogamos
ao mundo de possibilidades
esperando uma reação
e chegamos com noticias
da rua um acidente
muito confuso de como
pessoas se encontram
e parecem privadas
de destinos ou qualquer
sorte para permanecer
um dois andando
em sua inabalável linha reta
de estranhos acordos
entre a mão e a maçaneta
pronto para sair a qualquer momento
levanto a perna e um dois
estou dentro da possibilidade
do desconhecido
servindo-me da saída mais fácil
aquele adeus que parece ultimo
como a gente é bobo
pois devia sempre pensar
ser o ultimo o mais importante
quando todos deveriam
ter a mesma importância
mas não damos a mínima
simplesmente nos jogamos
ao mundo de possibilidades
esperando uma reação
e chegamos com noticias
da rua um acidente
muito confuso de como
pessoas se encontram
e parecem privadas
de destinos ou qualquer
sorte para permanecer
um dois andando
em sua inabalável linha reta
de estranhos acordos
entre a mão e a maçaneta
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