sexta-feira, 17 de novembro de 2017

impotencia (aviso)

sou tão importante
quanto a guimba
que não fura o saco

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

風格 - fûkaku


possibilidade
escrevendo sua pregação:


chusma em desuso


a riba agrada-se de vestir
a caminho da palma e do paladar
acerta seguro e cai
o fruto no cesto
a floresta diz:
o dia, uma lição.
anula

gravidade

terça-feira, 14 de novembro de 2017

carambolas

o segredo
tá entre
a estrela
e a faca

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

harsh noise narração

para a violenta procurando afinação
estrada do sul a guitarra soa coiote
entrando no coração faminto na curva
a bleeding heart um filme B sobre vingança
esquartejando cavalos com dedos em pinça
atravessar E minor mood repeat repeat
não se pode ir a lugar algum com a batida
se a cidade ainda não foi construida
chamas pelo deserto lataria delirai
encapsulado num catcus azul aço
você expreme enxugando o gelo
eu desviro entre alguns cacos entre um filamento rubim
pendendo uma asa traiçoeira 
cogumelos em frestas de madeira
as mucosas escorrem pela aberta via até a estação sul
ninguém grita ação até eu retangular o sol
fragil e afiada como o primeiro canino mastigando
a porção espumante epiléptico se aproximando bem
você vera a malha das vogais entrelaçando
aqui fazem liquido de pedra e o mais vulgar não dá caronas atoa
descontando do salário um vinho pra mim mais duas da mesma
o microfone está prestes a expressar o ano novo como um champagne
os sujeitos não contam mais as histórias que conheço
o lagarto se despendura da fenugem enquanto a palha negra
repele dos olhares sua agulha magnética ele diz
yeah that's a E minor mood e suas ondas nós conseguimos
delirar a lataria chamas pelo deserto
rodopiam as rodas cordas em sua bobinas negras
vejo rastros do fluido direcionando a rota para
o proximo shot é por conta da casa
ele ainda estava se recuperando das trincheiras
quando comeu areia do próprio chapéu
seu nome está na sua testa com o número
aluguel ele bate na porta depois da invasão
a tv esta ligada as fitas magnética cravadas
construção de talhada de tempo
onde limolisas destravam as suas orbes como bocas
castas de risadas escondidas em rodopios
por onde o sibilo é prata em 
consumatio corruptus de defastação florestal
de um zanga faminta de putreficção súbita súdita
trago a syrinx como nova esfinge exaurindo
exigindo e desinfeccionando o sagrado
em salmourada água de beatificação estupida
os revolver eram de veludo
e o garoto ascende e o abacate
até guacamole YELTH!

desistindo

travo a batalha
com algo que valha
minha resistência
em plenos pulmões

rasgo e nacos
ascos de razões
entre o sistema
e a velha palavra

hoje surge

tentativa de busto que ficou as moscas

busto arregaçado pela linha mestra da geometria
o queixo qualificado como gaveta de pérolas
o esmaltado do cabelo agora indeciso alvo purpureo de um sol a destilar lentes
aquele trepidar sem tripudiar dos brilhos azeitados
a forma olheiras como dois olhos que batalham pelo devaneio deixa devir
note também a resistência do pescoço feito com tijoladas de tinta látex
em se libertar do axial desvio de circunferências
turbilhonando em mosca volantes e lampejos
junto o queixo dela antes que os olhos fixem minha mão enluvada
não de boxeador mais de doutor em procastinadas esporradas
por onde circunscreve o pincel agora nu em pelos com delicadeza katana
érro alvo
as flamulas e chagas do pintor
arrancando flancos da amada
como se fosse trono dos destroçados
gelatina sai pelos poros como troféu de uma bala que passa
ziumindo como um verdade enxame
mais uma operação bem sucedida
entre suturadas extraviadas ostras
amado por um objeto armado
voltando ao esquálido presente ruborizado

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

canção para anões voltarem pra casa

eu sou a chaminé da minha casa

e sinto pena do cordeiros órfãos

que tem que limpar com seus cotonetes

o tubos e vias respiratória

como pavimentando novas autobahn

com sua surrupiadas roupas

quando me pedem pigas sen se piegas

vento forte até a maresia acabar

meus nariz fazem rufiões

mas meus órfãos me adoram

trouxeram o meu colar

agora rouco e ronco por eles

como um papel de alumínio

jogado a repelir radiação

nos olhos sanguíneos 

enquanto tolos ainda marcam território

eu abismo e me precipito olhos

eu sou a chaminé da minha casa

eu trago a presença e a fumaça de que habemus

para a rapariga loira e morena

que esconde o diamante-manilha

nenhuma espinho é como o que nasceu