terça-feira, 30 de outubro de 2018

corpo elétrico

eletrificante o corpo retém toda energia
admirável destinado à via láctea galáxias
sutil eriçar de pelos quando a orelha pulsa teu nome
não poderiam deslindar osso ultrapassado pela corrente
a pele fica arrepiada viola os meus ouvidos crava dentes
dançava como cavando vigas por entre os poros o sopro
indiscernivel de o teor tesão que nos aproximara
como um primeiro drink de nossa saliva doce
as nucas que beijamos lábios que marcam corpos
desenlançam a medida do correto aquilo que denominam cavalgar
se me permite um passo se me permite o erro
transmutam nossos corpos eletrificado nossos corpos
tornam a pulsar Cronos descansa com sua foice
tolice minha pensar agora outro momento para esquecer
o que vem depois de esquecer apagar para sempre
quarto escuro deixar perecer inaptidão para lembrar
aquele cujo nome sujo malograr palavras rasas
santificado o corpo elétrico num sopro esquentando o ferro
pescamos na rede o mais belo não vamos nos saciar
de boca cheia fartos é fácil se apaixonar levar extinção
diz aquela doce melodia escrita em minério como água
como licor desejante viscoso que banha os amantes

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

sem nome

cerca viva do limite
entre esse infinito
que quero abarcar

não ter peso ou substância
me aninhar ao fogo
da noite eterna que nos engole

minha sombra toma dimensões
que parece se refugiar
e que guia minha mão

até este poema