difícil iniciar você sabe
longas conversas não servem a ninguém
se somente nós estamos certos
absolutos em discordâncias na na na
você odeia o aporrinhador das frases
somos caricaturas de nós de merda
eu odeio parques de diversão
nossas piadas não tem graça
nem para os bêbados
você diz que iremos renascer
quando mortos
sofremos desta lenta
sem feição
não há espaço para nós
nem futuro para ninguém
já não eramos muito
o ultimo verão
nenhum será o mesmo
nunca nos dissolvemos ao mar
queimamos em memórias cinzas
que varemos para debaixo do tapete
nossos braços se estendem pelo assoalho
a casa está aos pedaços
sempre assim como foi
letras para aquelas mesmas canções
estamos renascendo mortos
tocamos nossas mãos pela ultima vez
lhe peço um cigarro na esperança
que continue o mesmo "não fumo"
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
aquele que salvará
quando ou onde
não lembram
encurralados presos
paredes cilíndricas
corredores circulares
espirais de guerra sem ódio
tubulações nos levam
sentidos
lugares quase idênticos
idílica prisão distópica
lamentável história
paraplégica
ponto de referencia
param
segu'em frente
transitação
sobem escadas
e descem
(a ordem sempre em fila)
continua desiste
poderá continuar
se desistir primeiro
vai impedir quem
perdeu a entrada
mão de via dupla
não voltarão
empilham-se os ossos dos mais novos
projeções fossos grutas
nunca mais (voltarão)
esquecemos quem somos
nunca nada disso quisto
morrem esfomeados em alcateias
crianças brincam com moscas
doce carne humana
crescem larvas e esperança
histórias
esqueceu destes todos
correm pelos dentes o som
se espalha como peste
voltará
não lembram
encurralados presos
paredes cilíndricas
corredores circulares
espirais de guerra sem ódio
tubulações nos levam
sentidos
lugares quase idênticos
idílica prisão distópica
lamentável história
paraplégica
ponto de referencia
param
segu'em frente
transitação
sobem escadas
e descem
(a ordem sempre em fila)
continua desiste
poderá continuar
se desistir primeiro
vai impedir quem
perdeu a entrada
mão de via dupla
não voltarão
empilham-se os ossos dos mais novos
projeções fossos grutas
nunca mais (voltarão)
esquecemos quem somos
nunca nada disso quisto
morrem esfomeados em alcateias
crianças brincam com moscas
doce carne humana
crescem larvas e esperança
histórias
esqueceu destes todos
correm pelos dentes o som
se espalha como peste
voltará
Fada Negra
crianças nascem molotovs
flores incendiárias de lótus
saborosa destruição-desejo
MANCHETES EM GÁS LACRIMOGÊNEO
coletivo genocídio (sem capacidade máxima)
fogo nascituro queima invisível
gritos abismais olhares boca
corpos em abuso castrados
marcham bonecos de Olinda
com armas de brinquedo
e cavalos-de-pau
justiça puta cega
transmissora de doenças sexuais
IMPERDÍVEIS
o código azul que não sabemos
brilha brilha estrelinha
queima e castiga pupilas
verte suor e lágrimas
salgada força de trabalho
troca virtual de consumo
espelho de vaidades
comerciais de perfume
veneno domesticável
parcelas homeopáticas
crianças nascem molotovs
racham atemporal vértebra colunar
museus monumentos enfeites de natal
migalhas e cinzas
flores incendiárias de lótus
dançam à errada voltagem
queimam e murcham
murcham e queimam
derrama suave drink: um brinde!
o apocalipse dorme nas pálpebras
borboleta do cálice caos
flores incendiárias de lótus
saborosa destruição-desejo
MANCHETES EM GÁS LACRIMOGÊNEO
coletivo genocídio (sem capacidade máxima)
fogo nascituro queima invisível
gritos abismais olhares boca
corpos em abuso castrados
marcham bonecos de Olinda
com armas de brinquedo
e cavalos-de-pau
justiça puta cega
transmissora de doenças sexuais
IMPERDÍVEIS
o código azul que não sabemos
brilha brilha estrelinha
queima e castiga pupilas
verte suor e lágrimas
salgada força de trabalho
troca virtual de consumo
espelho de vaidades
comerciais de perfume
veneno domesticável
parcelas homeopáticas
crianças nascem molotovs
racham atemporal vértebra colunar
museus monumentos enfeites de natal
migalhas e cinzas
flores incendiárias de lótus
dançam à errada voltagem
queimam e murcham
murcham e queimam
derrama suave drink: um brinde!
o apocalipse dorme nas pálpebras
borboleta do cálice caos
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Verruga Genital
É brega os sonetos que
entoam aquele tal d amor
até então não mencionado
que rimas procuram em dor
aquele embaraçoso anestésico
que nos espeta o kitsch coração
importado chinês
que vem em cartas de saudade
de naús abarrotadas de garrafas e canções
doenças incuráveis
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