alavanca do sonho
gatilho do desejo
alma irás se vender
por troco ao diabo
rosto em dois lados
contrato rubricado
assinatura escarlate
comerá teu cérebro
descascando o crânio
como ao ovo se faz
desfiando linha à linha
do teu pesadelo, melhor amigo
segredos teus guardados
cicatrizes sem significado
rastros e restos de equações
fendas derramarão teu molho
pela rachadura do céu da boca
ante ao ultimo grito
o nó da garganta preso numa ficha do fliperama local
em 21º verso de colocação
GAME OVER - try again?
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Pervertidos provavelmente
provavelmente pervertidos
dentes de luxúria, estação profana
pedra no caminho do abismo
navio em copo americano
freira hóstia/virgem canibal
dizia a letra, vendia como banana
grudava como chiclete
enquanto conseguia mais receitas
preparava uma dose antissepsia
marcando no calendário
abortava o amor próprio
esquecia números quanto apostava
faísca e fluído (ouvia a rádio)
lua em suas fases
não encontrava sintonia
não encontrava sintonia
doença barata vida
ano do cavalo de madeira
ano do cavalo de madeira
abandonados por fé à esperança sem vontade
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Ferido Tango
salte da janela
junte as notas
cacos desafinados
vidro epiderme
cortantes como vento
uivando uivantes gritos
pendure-se nos sonhos
com eles se desmancha
CORTEM-LHE O CORDÃO
tesoura cega sem ponta
a criança nasceu morta mas está saudável
explodem como balões
confetes e festas de aniversários
apreciam sua morte
aprecie também
ria com eles
brinde por sua manchete
funeral jazz
alguém está ouvindo
marcha confortável tristeza
ainda estais vivo
momento registrado
desenhado à luz num papel
bela impressão
anjo eternamente decaído
beija-me sutil asfalto
será então a ultima vez
sete palmos adentro
a mãe lhe da a ultima injeção
junte as notas
cacos desafinados
vidro epiderme
cortantes como vento
uivando uivantes gritos
pendure-se nos sonhos
com eles se desmancha
CORTEM-LHE O CORDÃO
tesoura cega sem ponta
a criança nasceu morta mas está saudável
explodem como balões
confetes e festas de aniversários
apreciam sua morte
aprecie também
ria com eles
brinde por sua manchete
funeral jazz
alguém está ouvindo
marcha confortável tristeza
ainda estais vivo
momento registrado
desenhado à luz num papel
bela impressão
anjo eternamente decaído
beija-me sutil asfalto
será então a ultima vez
sete palmos adentro
a mãe lhe da a ultima injeção
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
sumiço
eu estava sem gasolina no carro
resolvi ir ao posto mais próximo
estava fechado
na volta não encontrei mais meu carro
logo depois disso aconteceram terremotos
os animais do zoológico foram expulsos,
tentei fugir;
não deu tempo;
a polícia me pegou por atendado ao pudor,
estava como uma estátua de um general morto
nu em praça publica
Jurei pela minha santa mãezinha na zona
não lembrava de porra nenhuma
ai fui solto esses dias.
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