segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Onde Está o Amor?

O Amor pode está ao seu lado, isso parece sem nexo mas é a mais pura verdade, eu sei disso pois eu vejo o amor ao meu lado todo dia, todo dia ele também vai embora, eu naturalmente deixo ele escapar mas não é bem porque eu quero que ele vá embora, não, longe disso, é simplesmente... meu jeito de não intervir, meu jeito apático a vida, darei um exemplo melhor a vocês...
Ontem mesmo eu vi o Amor de perto, eu estava no ponto de ônibus, assim como ela estava, nossos olhares se entrelaçaram e afundamos em alguma fenda temporal, aquele olhar perfurava segundos, minutos, dias, estações, vidas... Era aquele olhar conhecido de uma antiga vida, o olhar de um amor perdido entre as cordas da realidade, olhar que queria me prender para sempre naquele pequeno instante, fiquei tímido de dizer algo além do que nossos olhos já haviam dito. O ônibus chegou lotado, eu preferi — como de costume — pegar o próximo, mas ela parecia já estar atrasada para o cotidiano, atrasada a realidade, e, novamente o Amor foi embora. No próximo ônibus — que não demorou muito — entrei sozinho, com a esperança de que talvez ela também estivesse no próximo terminal me esperando, uma esperança boba, infantil. 
No terminal do ônibus, procurei onde ela devia estar, esquecendo talvez de procurar nos lugares onde ela não devesse estar. Desiludido eu parei de procurar. Peguei o próximo ônibus, esperei calmamente sentado no banco do ônibus, queria que ele partisse imediatamente e levasse de volta — para a minha realidade —, foi ai que sentou alguém do meu lado, que o olhar pouco me intrigara e assim como também não me aprisionara, porém sua voz porém me enfeitiçara como um flauta doce. O nome dela? Denise. 

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