quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Praia da Solidão

Quando você bloqueou o sol e
desmanchou meu castelo de areia
não fiquei brabo admito

problema foi tua palavra nova
ter entrado em minha boca
e saído muito tarde

você costumava voltar
com conchas e animais mortos
cigarros e bobagens ditas em livros
nunca entendi

tenho acordado cedo
fugido de bike
de chinelo
conversado com deus
me alimentado de frutas

procuro outro significado

refaço o castelo com paciência
(ninguém nunca sabe o que quer)

penso em alguma anedota
enquanto você não chega

"o sal do mar é inocente
nada tem os nomes que dão aos bois
ser para quem for"

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