fio por fio o vento
alinha teus cabelos dedos
indomável labareda
beija então a garganta
da garrafa pop. breja
a hora em que mija
contrai as garras
e arranca meu peito
retirando a pele
queima meu papel
deixa inscrito na noite
cinza pássaro torto
o ácido dissolve
a língua justaposta
contorce virando
outro caleidoscópio
torneira aberta água
com a palma da mão divisa
lava da cútis mágoa
agora o espelho em que afundo
meditabundo me traz invertida imagem
massa sem forma selvagem
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