domingo, 28 de dezembro de 2014

Da carne aos dentes à língua cega das fofocas

abro o jogo ponte velha de encontros marcados
cubo mágico pingente entre decotes
a sala de espera de palavras cruzadas prontas
eu já não sei o q fazer com ele pretty girls make graves
amasso rupinol boa noite cinderela pro rapazote
ele traduz people say we are virtually dead
eles estão errados somos naturezas mortas
em quadro iluminuras e revistas de caminhoneiro
sutura o coração saturado do patético miojo
somos como pratos de pedreiros em boca livre à cama
doce bafo sabor germânico escuro maltado
um AVC no estômago de menino novo pollock na parede
apodrecido olhar vegetativo de remédios lábios em spleen
um cigarro na rede da sesta eu jurava que era segunda
macaquinhos no parassol na casa de verão
inquilinos odiosos que te amam para sempre
sorrisos de milfs pela vizinhança temos todos outras vidas
quem recusaria um drink neste dia tão quente?
piña colada na mão dichavando troféu abacaxi
rainha da cocada preta sente-se rainha da cocada preta
pecado strogonoff mal temperado de luxúria
ótima cozinheira solteira casada ñ é da conta de ngm
verve lixa na epiderme dos banhos de gatos ao suor
mimados de exigência quem nunca é mas estamos nús em piscar
do outro você que chamas de nós como forcas e piercings
áspera salada de espera na sala de frutas poupa agridoce
baba gana do jantar baby macarrão na margarina alhóleo
                                                                 presto pesto bolonhesa
cose cose novelo de lã trico de órgãos ruminante
profana o músculo gourmet dos poetas em citá-los por besteira
tesas palavras latim bem vulgar e vivo cão voltando ao vômito
teremos nossa porção de culpa escaldante em orgasmos e
            mordidas de bifes bifões bufões e bufetatas esporádicas
             

(autoerotização plus dedos de s. blank)

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