terça-feira, 10 de outubro de 2017

pluma

estampam minha pele
há um lugar onde não se deve chegar
você segura a minha mão
guia por todo o seu corpo
enquanto eu procuro entender
quando devia procurar sentir
mergulho por esses grãos
que não conseguem fazer sombra
mas também não acarinham
que áspero eu sinto mesmo
eu sinto o mesmo que você
mesmo não encontrando lugar nenhum
me pulsa carne osso e nervos
depois de caminhar por toda a orla
perceber a tarde nos meus braços
seguindo seu movimento definitivo
eu admiro a sua fuga
porque eu não consigo escapar

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