segunda-feira, 12 de março de 2018

em todo lugar a tevê simulava um
dia menor mas eu caminha em pleno verde
santifiquei a nosso caminho com as mãos
argênteas e pus pássaros nas feridas  
dedurei as palavras frágeis pixando 
o muro vermelho de sirenes escapando
antes mesmo das bordoadas com cheiro 
de ferro começa sinfonia alucinada
salve o truque de mágica inclinando me
para amigos dos quais pudi confiar
beijando a mirabolante bicicleta
suas pneumáticas curvas me exitam
ajuntando a vida sobre os cacos da rua
estou digerindo ainda aquela frase sua
azia que queima como palito de fósforo
é do vidro que surge meu incomodo
em cada arfar o arpejo nas cordas 
imperceptível como a futura fratura
diligencia selvagem sincope dos dias
prévia que cresce ranhuras e basura

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