domingo, 22 de maio de 2011

Vivendo em Sonhos

Este diário tem como finalidade escrever as minhas memórias, sonhos, lembranças, diálogos, pensamentos, ações, tudo estará presente neste diário, pois sinto que cada dia estou a esquecer, e por assim confundindo o onírico com o real. Os fatos simplesmente estão perdendo a cronologia, a ordem, está tudo muito confuso ultimamente. Parece que o tempo não consegue mais exercer seus domínios sobre as minhas memórias, está tudo demasiadamente surreal para mim. Talvez a vida não passe de um sonho dentro de um sonho, não sei, e também não consigo explicar. Este diário apenas serve para que eu não me perca de mim mesmo, e nada mais.

Estava caminhando pela cidade em direção à praia, estava me aproximando, ainda não estava cansado apesar de ter sido uma longa caminhada. Chegando a perto da praia, encontro estacionado um carro de cor preta, olho para a placa do carro e tenho certeza que é um dos meus amigos dirigindo. Enquanto me aproximava, percebi que a rua estava vazia, sem nenhum movimento. Eu queria ver que horas eram, mas tinha esquecido o celular em casa. Cheguei do lado do carro, e estava Carlos e Roberto, porém mal dava de ver os dois, eles estavam cobertos uma densa fumaça escura que escondia parte do seus rostos, eu abri a porta e fui sucumbindo para dentro do carro, uma penumbra sem fim.
Acordo em minha cama, levanto um pouco assustado, sem entender de fato o que havia acontecido. Vou até cozinha e tomo um copo d'água, que desceu refrescando-me a garganta seca, a água nunca pareceu tão deliciosa. Eu coloco a mão no bolso da minha bermuda e encontro meu celular, o relógio marcava quinze horas e trinta minutos, eu havia dormido um pouco mais do que quarenta minutos, e já me encontrava bem disposto para fazer algo naquele domingo, provavelmente não faria nada, mas a esperança é a ultima que morre. Sai de casa, sentei na esquina. Fiquei muito tempo lá, esperando nada ou ninguém.
O sol já estava a se esconder no horizonte, pensei comigo "mais um domingo que se acaba, sem eu ter feito nada". Na rua passou um ônibus de onde saiu uma garota de cabelos curtos e castanhos, quase como desenhada em um quadro ela sorriu, mas não sei dizer se era um sorriso sarcástico ou feliz, quando me avistou berrou meu nome "Gabriel! Gabriel!", eu não sabia o que responder, não sabia quem ela era, nem ao menos lembrava, ela atravessou a rua, enquanto eu me levantava apressado. Ela me abraçou forte, como se fizesse muito tempo que não nos viamos, foi neste momento que uma idéia, uma lembrança, uma fagulha foi acessa na minha cabeça, de que eu tinha certeza que conhecia ela, e sim já me vinha o nome na cabeça, "Cláudia! como você está?" surpresa por eu ter reconhecido ela, que estava deveras diferente. Conversamos por bastante tempo, falamos um pouco sobre nossas vidas, ela contou uma longa história que eu não consigo lembrar a moral, e foi embora a pé, tinha que ir para a casa da avó, que estava sozinha.
Já estava escuro, então decidi voltar para casa. Cheguei em meu quarto e deitei. Subitamente fui acordado, era a minha mãe dizendo sobre acordar que já era hora do almoço, ainda de pijamas desci a escada e fui direto para a cozinha, onde no calendário olhei que AINDA era sexta-feira. Perguntei ao meu pai que dia da semana era, e ele confirmou que era sexta-feira.

Já não tinha, certeza se havia ou não encontrado Cláudia, e me veio uma pergunta o que havia acontecido dentro do carro junto com o Carlos e o Roberto?

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