terça-feira, 16 de janeiro de 2018

candialva

maior parte da sua nudez é luz
pela seda da sua pele alva
embriaga como vodka barata
tuas carnes de marfim macio
sulcada entre lençóis da aurora
pela garganta atravessada
fraseado seminal rasurando
o poema ainda em êxtase
contorce a nuvem à garoa
a adaga de prata o ventre
solda e solta sua alma molda
descansa as pestanas
branca ancas como areia
sigo os astros na via-láctea
até o interior de todas as cores
ora dorme manchada porcelana

Nenhum comentário:

Postar um comentário