terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Fábula

   Celibatário: prostíbulo morada de sem-tetos fantasmas ignoradas ruínas morais sobras Está enjaula Quem trancafiadovia-se pelo contornos sombras cabelos loiros olhos inocentemente claro profundo azul imundo Varia sua idade o tom da voz fraqueja a iluminação ao horizonte Não me permitia (muito menos queria perder o que lhe saia daquela morta boca partir os carrapatos me aconselham barba espera.
    "Caminha minhas roupas farrapos suja rosto margens do pântano deforme expressão. Bela mas me engana voz. Rejeita amado nefasto ainda excesso Me pergunta seu amo unhas crescidas por quinzenas abrem fendas delicada pele recém-nascido, rasteja fervendo purulento rubro ode face a pequena morte primeira Canta escárnio soco amável repugnação: imundas cortesãs, garantiu: murchas uvas passas, deu-lhe alvo talismã ingratidão, amor caridade. Ébano: pasta, amém. irmãozinho, primo pai. 
   Arde coração, marcha ceifadora. Desolado, milhas pela floresta adentro, pássaros indicações venéreas frutas azuis, fugia lágrima fosse felicidade, e por lá Leão cuspiu lhe face: "não honras, nem dignidade, os animais todos Reino, és infame, mentiroso da bondade justiça, teu mal foi se permitir evoluir aberração indelével, seja parte da tua própria insaciável Quebra-cabeças inúteis, ilusões perpétuas teu vir a ser." A preguiça faria o mesmo, se. 
   Pouco importa dos outros: grudado olhos rente as barras, queria mais uma vez desgraças. Estando nu ao chão, pele do avesso sangra os órgãos, convulsionava, insistia. Contorcia, revirava: gemidos os olhos, mijava exclamações dor (vez ria e adorava: condição). Abandonei mesmo feito resto, entregue desejável consolo de prazer paradoxal: balbuciava asneiras: penas e tintas serviriam pior.

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