terça-feira, 29 de março de 2011

Conto do Sem-Nome-Qualquer

Estava eu, jogado na sarjeta de algum-lugar-qualquer na frente de um bar imundo, quando tive uma miragem onírica típica de quem sonha acordado (ou de quem está altamente embriagado), era uma moçoila, na verdade um anjo (pelo menos eu acreditava que era), dela emanava uma radiante luz, porem não possuia uma aureola em sua cabeça (como a maioria dos anjos que são descritos), mas se podia ver a bondade angelical naquele olhar tão delicado, e com esse mesmo olhar ela estendeu a sua mão, que era tão macia quanto cetim, ajudou-me a levantar com um sorriso bondoso, que não queria saber os motivos de eu estar aos trapos, sujo de lama ou cheirando a cachaça... Ela me falou coisas nos ouvidos, palavras que nunca irei esquecer, palavras que me fizeram mudar, foi naquele momento que eu decidi: vou parar de beber, irei permanecer sóbrio até o ultimo dia da minha vida, tomei meu rumo...

Quando dei por mim já estava abraçado a um garrafão de vinho (sou um cretino bastardo mesmo, nunca irei mudar), talvez no fundo esse fosse o meu verdadeiro anjo, aquele que me faz esquecer todas as coisas ruins (e até mesmo as coisas boas). Espero dessa vez que Deus, ou seja-lá-quem-for não me venha com essas miragens de novo, se quer que eu saia dessa vida, que me traga outro vício.

Nenhum comentário:

Postar um comentário