sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Prefácio do Meu Falso-Romance



 "O que mais eu poderia querer do abismo ou do céu, além do nada, que dorme no confuso tudo; que é o mundo..."  
Fernandes Correia


  Aqui é o prefácio do meu livro, e não sei bem como começa-lo, afinal este é o primeiro livro que escrevo, e igualmente o primeiro prefácio. Sim, é óbvio que é meu este livro, mas, é importante que não  se confunda o cara que escreve este livro e o outro livro, que aparece dentro deste livro e os outros livros, que estão dentro do segundo livro. Sim, as histórias contidas aqui não são reais, ou seja, se você quer um livro autobiográfico da minha parte, você veio ao lugar errado. Mas não posso ao mesmo dizer-lhes que as coisas contidas aqui não sejam verdade, apesar de irreais, elas, querendo ou não, são uma verdade. Se fosse ficção, ai sim, seria uma mentira. Este prefácio, apesar da utilidade para as anedotas que sucederam nesse livro e nos outros-etc., é falso.
  O prefácio é falso, porem, como já disse anteriormente, este falso-romance é verdadeiro, apesar de não ser real. Não explicarei muito sobre o romance, para, que ele não perca a força integra de pura falsidade, forma esta que nos da uma estranheza, que a representa, ou tentar emular, a realidade com a maior afinco. De modo anárquico e grosteco. Utilizando das brincadeira infantis como metáfora, tais como: pular carniça, pega-pega, esconde-esconde, gato-mia, bola de gude, pião e amarelinha. 
  Quero fazer deste livro uma reflexão sobre a realidade. Afinal, não seria o escritor um visionário? Um Deus astronauta enviado do futuro, ou um homem que recebeu as visões dum Deus astronauta, Deus, este; que também é um escritor. Ou nada disso, estou entendo tudo errado, é tudo pura enganação, uma mentira, ilusão.
  O que quero aqui é escrever uma ficção, não o trabalho-cotidiano em que vivemos, meu amor. Não o uivar do homem que entrega os jornais de moto. Não o céu de enxofre que nasce o dia. Não, não. Não a prestação de contas que devemos, não à essa parte natural sociedade desnaturalizada. E o não ao não. 
Este livro é pra quem cansou de procurar: é pra querer se perder; não na pessoa que é-foi-e-será, mas nos muitos homens que deixou morrer pra assumir a postura de um homem só.
  Quero também destruir o fácil, o mecânico, quero destruir a nossa condenação de lutar em vão. Este livro será como nunca e sempre, o nada que é tudo; a busca de quem somos na distância de nós.
  Cortando as basbaquices, queria terminar com uma nota poética Don Juanlesca ao meus leitores futuros:
            "Meu amor, nosso romance é falso, porém posso afirmar que, (nosso amor), é verdadeiro."
                                          

Fim do Falso-Prefácio.

2 comentários:

Anônimo disse...

nem deuses, nem astronautas

Anônimo disse...

eram os deuses astronautas

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